quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Não, nem tente!


As condições metabólicas da situação não são mais o problema.
O problema - que não é bem um problema - é o vento leve demais.
A sorte é que sei ser abstrata o suficiente.
Então ninguém lê de fato o que vou dizer...então me sinto mais segura sabendo que você pode saber e não saber ao mesmo tempo. A notícia boa é que saber não importa...sinta!

Os ventos suaves e a calmaria destroem pontes.
E eu na embriaguez do sonho derramo um copo de água sagrada.
Subi demais e não quero descer.
Estou num lugar onde os pombos-correio não chegam.
É sem endereço para cartas...e não tem água para garrafas com pergaminhos.
Minha voz chega fácil a qualquer um...mas quem chegará aqui?
Dizem que a gravidade está prestes a ser abolida.
Então vou realizar meu sonho de flutuar pelo mundo.
E se eu cair pra cima?

A seleção natural da rosa é muito peculiar.
Ela não quer tanto assim escolher o que escolhe.

Mas aquele pássaro mal conquistou sua liberdade e já quer ser cativado!
Mas ele quer uma daquelas gaiolas grandes e confortáveis....ser mimado com alpiste dourado e ter uma bela jovem para quem cantar.

São mensagens que não voltam e desejos pela culatra.
São coisas certas na hora errada.Coisas erradas com cara de certas...quando aqui não existe certo e errado...ai! que caos!
São sonhos picados...em partes, fragmentados.
Daquele jeito que ninguém entende...ou junta.Com emendas de goma de mascar.

Aprendi tanto a abrir mão dos desejos e sonhos...dá-los aos outros como presente que minha caixinha está ausente...eu não diria carente.
Diria que aquele ventinho suave passa fazendo um barulinho sublime demais.
Para essa caixinha que está suja de poeira, ela precisa de tormentas a prestações...para provar a si mesma que alí ja existiu alguma coisa.
Se não existiu?
Que fará a bailarina da caixa-de-música sem música?

Imaginem um telefone sem números.Sem nada...
E você quer falar com Jesus?
Se lembra quando mandava cartas para o papai-noel quando era criança?

E quando tudo acabar?

E se eu nunca mais me encaixar?Assim...vai ser o fim dos quebra-cabeças!E os painéis?
Que serão dos belos quadros de painéis?

Naquela bifurcação colocaram uma placa de cabeça pra baixo.Ô judiação!

De que serão feitas as escolhas?As minhas!

Mas dizendo agora sem presopopéia...
Diria que são escolhas não tão alternativas assim.Por isso eu resolvi conhecer o desejo de cada fragmento meu.Todos eles querem algo em comum.

É tão abstrato que se perde no ar.
Eu sou assim.

Existo para que as pessoas me respirem.




Nada mais.

2 comentários:

Unknown disse...

Versos mudos passam pela janela....
Margaridas e belas arvores...
São seus planos de fundo...

Não sinto mais o vento...
Nem vejo a poeira erguer sobre o chão de terra seca..
Meus olhos estão fechados...
E dou vida aos meus pensamentos

Troco os vários filmes q passam em minha mente...
São mãos macias q tocam meu rosto e alisam meus cabelos

Presentes tão belos me esperam embaixo da arvore de natal....
Uma bola de futebol, um joguinho de botão...
Quem sabe o maior presente não foi nenhum destes...
Foi a roupa vermelha do “veio” q achei de baixo da escada.

papai noel. =(

Fernando disse...

o-au, não sei como escrever o quanto achei legal sem parecer um neurotico de internet, ou um otario paga pau, ou um cara q não tem o que comentar e fica falando só merda! Então, fico no "o-auuuu"!